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O Garimpo da Informação (datamining)

É preciso também ter conhecimento do mercado em que pretende atuar.” Mas engana-se quem pensa que o trabalho seja indicado para o clássico “nerd”, um indivíduo que sabe tudo de bites e bytes, mas não tem muita desenvoltura para a comunicação. Um dos atributos de um cientista de dados é saber se expressar sem usar linguagens técnicas. Isso porque o objetivo do trabalho é tornar os dados inteligíveis para quem não tem conhecimento científico. “

Tem de fazer as perguntas certas”, afirma Desouza. De olho nessa nova função, a Universidade Cruzeiro do Sul abriu neste ano uma pós-graduação de gestão e governança de dados. Segundo Rossano Soares Tavares, professor do curso e presidente da organização internacional Dama (Data Management Association) no Brasil, o mercado de trabalho para quem quer se embrenhar nessa área deve crescer consideravelmente nos próximos anos. 

“Existem projetos de lei que exigem uma espécie de contabilidade das informações das empresas. Há também a lei de acesso aos dados públicos, que tem potencial de gerar uma nova demanda”, afirma Tavares. Por trás do surgimento desse profissional existe um conceito que foi chamado de “big data” pela indústria. Companhias como IBM e EMC desenvolvem softwares que ajudam a explorar os dados armazenados diariamente pelos clientes. Segundo Fábio Gandour, cientista-chefe da Big Blue, a ideia é criar mecanismos que identificam informações relevantes de forma automática. Gandour explica que, nas empresas, boa parte dos dados é utilizada imediatamente. 

Em uma fábrica de bebidas, por exemplo, as informações sobre a produção orientam a distribuição dos produtos. “Mas, se eu quiser saber que boteco vende mais refrigerante de laranja, começo a procurar uma agulha no palheiro”, afirma. Um cientista de dados, munido de ferramentas que utilizam o conceito de “big data” – armazenamento e cruzamento de uma quantidade infindável de dados digitais –, pode criar “gatilhos” que avisam os gestores quando determinado estabelecimento ultrapassar um limite de vendas. Assim, a empresa consegue criar estratégias mais eficientes. “No futuro, vamos minerar os dados da mesma forma que mineramos ouro”, afirma Gandour. Os garimpeiros, pelo menos, já estão disponíveis. 

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